quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Região metropolitana

A Região Metropolitana de Salvador, popularmente conhecida como "Grande Salvador", é constituída por 13 municípios: Camaçari, Candeias, Dias d'Ávila, Itaparica, Lauro de Freitas,Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca Salvador, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz e conta com 3.866.004 habitantes.[3]Atualmente, é a mais populosa região metropolitana do Nordeste brasileiro, a quinta entre as brasileiras (IBGE/2008) e a 89ª do mundo (projeções para 2009).[8]

Subdivisões

Mapa de Salvador, com os principais bairros e localidades.
Clique na imagem para ver ampliada.
A princípio, Salvador era dividida apenas em Cidade Alta e Cidade Baixa, devido ao relevoacidentado, se projeta sobre a Baía de Todos os Santos, assumindo um formato triangular, em cujo vértice está o Farol da Barra. A capital baiana se mostra complexa na divisão territorial, sendo os limites das localidades e até mesmo as diferenças entre as denominações (bairros, distritos, zonas, setores) indefinidos e superpostos entre si, principalmente nas zonas do miolo urbano e subúrbios ferroviários.
Apesar da fundação planejada e iniciada no atual Centro histórico, o crescimento da capital ao longo do tempo ocorreu espontaneamente. Logo os limites se expandiram devido as ordens católicas, surgindo novas localidades como o Carmo e o Pelourinho, chamados até então de freguesias.
No século XIX ocorre uma expansão sul da cidade, surgindo a Vitória, Graça, Canela e Barracomo localidades novas, e somente no início do século XX é que se faz uma reforma territorial, estabelecendo 11 distritos. A partir daí, o crescimento desordenado da cidade leva a dificuldade de estabelecer os limites e os bairros acabaram se fundindo de tal maneira, que até hoje não se conhece a quantidade direito.
Em 1987, Salvador foi dividida em 18 zonas político-administrativas para melhorar a gestãoterritorial. Entretanto, para confirmação de referências de endereçamentos postais e pesquisas de recenseamento, leva-se em conta a importância dos bairros soteropolitanos, o que demonstra a efervescência da cidade. Sejam bairros, distritos ou zonas, essaslocalidades continuam se desenvolvendo e ainda agrupam as mais diversas camadas sociais, em constante expansão vertical e horizontal.
A Primeira Divisão Recenseadora do Brasil, dividia nas seguintes freguesias:
  • Sé ou São Salvador (criada em 1552);
  • Nossa Senhora da Vitória (criada em 1561);
  • Nossa Senhora da Conceição da Praia (criada em 1623);
  • Santo Antônio Além do Carmo (criada em 1646);
  • São Pedro Velho (criada em 1679);
  • Santana do Sacramento (criada em 1679);
  • Santíssimo Sacramento da Rua do Passo (criada em 1718);
  • Nossa Senhora de Brotas (criada em 1718);
  • Santíssimo Sacramento do Pilar (criada em 1720);
  • Nossa Senhora da Penha (criada em 1760).
Já no século XX, esse modelo sofreu várias reformas, dispostas de acordo com legislações descritas a seguir.
  • A Divisão Administrativa de 1911 estabeleceu 11 distritos, acrescentados mais cinco distritos em 1931.
  • O Decreto-Lei n° 10.724/38 considerou um só distrito, Salvador, e mais 24 zonas.
  • O Decreto-Lei Estadual n° 141/43 alterou a denominação "zona" para "subdistrito".
  • O Decreto-Lei n° 701/48 estabeleceu limite de setores.
  • A Lei n° 502 de 12 de Agosto de 1954 dividiu o município em 5 distritos (Salvador, Nossa Sra das Candeias, Água Comprida, Ipitanga e Madre de Deus) – o distrito de Salvador passa a ter 20 sub-distritos.
  • A Lei nº 1038/1960, que estabeleceu os limites dos distritos, sub-distritos
e bairros, sendo reconhecidos 32 (trinta e dois) bairros na cidade.
novos limites de setores.
  • A Lei n° 2403/72 – Código de Obras - estabeleceu 21 setores no município.
  • A Lei n° 2454 de 4 de Janeiro de 1973 estabeleceu limite municipal e interdistritais (2 distritos e 22 sub-distritos).
  • O Decreto Nº 7.791/87 criou as Regiões Administrativas – RAs.
  • Em 2004, a nova lei do PDDU delimitou as divisões atuais das RAs.
Desde essa última lei, a cidade é dividida em 18 regiões administrativas, as quais são RA I - Centro, RA II - Itapagipe, RA III - São Caetano; RA IV - Liberdade; RA V - Brotas; RA VI - Barra; RA VII - Rio Vermelho; RA VIII - Pituba/Costa Azul; RA IX - Boca do Rio/Patamares;RA X - Itapuã; RA XI - Cabula; RA XII - Tancredo Neves; RA XIII - Pau da Lima; RA XIV - Cajazeiras; RA XV - Ipitanga; RA XVI - Valéria; RA XVII - Subúrbios Ferroviários e a RA XVIII - Ilhas de Maré e dos Frades.

Pelourinho

Pelourinho em 1900.
A palavra Pelourinho, em sentido amplo, corresponde a uma coluna de pedra localizada normalmente ao centro de um praça, onde eram expostos e castigados criminosos.[24] No Brasil, e em especial o pelourinho de Salvador, o uso principal era para castigar escravosatravés de chicotadas durante o período colonial. Tempos depois do fim da escravidão no Brasil, este local da cidade passou a atrair artistas de todos os gêneros: cinema, música,pintura, etc., tornando o Pelourinho em um centro cultural.
Em 1991, houve maciço investimento estatal em segurança e financiamento na instalação de hospedarias, restaurantes, escolas de dança e outras artes, além duma grande restauração dos casarios que foi iniciada. Contundo, certas construções não foram recuperadas internamente, já que as fachadas foram priorizadas, dentre outros motivos, devido ao estado do interior do casario que impedia a reconstrução fiel. Com a restauração, a procura dos turistas nacionais e estrangeiros pelo local foi ampliada. Mas também, moradores desses casarios foram recolocados em outros bairros de Salvador.
O Pelourinho de Salvador é um local repleto de construções coloniais de diferentes tons de cor. Então, por todo o valor histórico-cultural, atualmente, o nome consta no Registro Histórico Nacional, é chamado de Centro Cultural do Mundo pela UNESCO e, ainda, a UNESCO certificou esse sítio histórico como Patrimônio da Humanidade.
O Pelourinho está dentro do Centro Histórico de Salvador, o qual é tombado pela UNESCO, e, assim, permite a Salvador ser membro da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial.

Economia

Salvador é a cidade economicamente mais desenvolvida no Estado, devido a histórica participação comercial e industrial. A participação da agropecuária na economia é inexpressível devido a inexistência de territórios rurais dentro do município.
A economia de Salvador está distribuída da seguinte forma:
Composição da economia de Salvador[25]
Agropecuária


0,06%
Indústria


20,99%
Serviços


78,94%
De acordo com o IBGE, o PIB de Salvador vem crescendo, chegando a atingir R$22 145 303 000,00 em 2005, assim como o PIB per capita, que chegou a R$ 8 283,00 também em 2005. Ainda neste ano, o PIB da cidade correspondia a 1,03% das riquezas produzidas no país e era a  cidade mais rica do Brasil.
Em 2003, de acordo com a contagem do IBGE na época, Salvador possuía o 19º maior PIB entre os municípios brasileiros e o segundo entre os baianos, atrás apenas de Camaçari. Nesse ano, o PIB de Salvador era de R$ 11 967 563 000,00, o que correspondia a 0,77% do PIB do Brasil daquele ano.[26]
Segundo um estudo coordenado pelo professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ, Salvador aparece como a 11ª[27] melhor cidade para desenvolver carreiras no país.

Construção civil

Edificações modernas em Salvador.
Segundo o sítio especializado em pesquisa de dados sobre edificações, Emporis Buildings, Salvador está entre as cem cidades do mundo com mais prédios, mais precisamente está em 64º lugar, é a 11ª latino-americana, 9ª sul-americana, 6ª do Brasil e 3ª do Nordeste, e totaliza 790 edifícios de todos os tipos. As cinco maiores edificações são Terrazzo Imperiale (com 125 m), Apollo XXXVIII (com 90 m), Ville Imperial (76 m), Elevador Lacerda(com 72 m) e Residencial Granville (com 46 m).[28][29][30]

Turismo

Praça Campo Grande, Salvador.
A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura segundo a EMTURSA. O interesse pela cidade se dá pela beleza do conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).
O turista que escolhe Salvador pode ir à praia pela manhã, fazer um passeio ao Centro Histórico à tarde, jantar em um dos bons restaurantes da cidade e ir dançar nos ensaios dos blocos de carnaval ou ao som de outros estilos musicais. Outras opções de lazer são os teatros, como o Castro Alves, o Jorge Amado e o Vila Velha. Ainda se pode ir ao Farol da Barra ver o pôr-do-sol na Baía de Todos os Santos.
O Mercado Modelo é o ponto escolhido por muitos turistas para comprar lembranças da Bahia, dentre elas rendas, berimbaus e todo tipo de artesanato produzido no estado. Noporão - que atualmente é aberto a visitação - ficavam os escravos vindos da África enquanto aguardavam serem leiloados. O porão é repleto de placas de concreto com cerca de 30 centímetros de altura do chão, para que o turista possa ali passear mesmo quando a maréestá cheia, pois é comum o porão encher-se de água do mar neste momento. Os arcos com os tijolos a mostra - e que servem de estrutura para o Mercado Modelo - fazem belas composições quando refletidos no espelho d'água. Idiossincrasia de um tempo moderno.
Cidade de Salvador.
Outro grande atrativo da cidade é o Carnaval, considerado a maior festa popular do mundo (oGuinness Book, em 2004, registrou o carnaval da Bahia como sendo o maior do mundo). Existem três formas de aproveitar o carnaval baiano, uma é associar-se a um dos blocos carnavalescos que são puxados por trios elétricos e isolados da multidão por uma corda. Muitos argumentam que isto termina por privatizar o espaço público, e de que essa forma de aproveitar o carnaval só é acessível àqueles com alto poder aquisitivo, pois para adquirir um abadá é preciso desembolsar, em média, oitocentos reais. A segunda forma é ficar nos camarotes que estão distribuídos por todo o percurso da folia. Essa forma de pular carnaval só é acessível para quem tem ainda mais dinheiro, preferindo assistir a festa do alto, em confortáveis espaços onde os pagantes podem dispor de boates, serviços médicos, banquetes de frutas e comidas típicas, além de outras amenidades.
O centro visto do mar.
A prefeitura, no entanto, tem realizado um trabalho de inclusão da população de baixa rendanos circuitos da folia, montando arquibancadas para esse público, que tem acesso gratuito às mesmas. A terceira, é aproveitar a festa na conhecida "pipoca", que são os foliões de ruaque acompanham os trios elétricos do lado de fora das cordas de isolamento, protegidas pelos cordeiros. Estas áreas de isolamento, apropriadas por empresas privadas, tomam conta de praticamente todo o espaço público. Apesar de a festa atrair milhares de turistas nacionais e estrangeiros, muitos soteropolitanos optam por sair da cidade nesse período, preferindo a tranquilidade do litoral e das ilhas da baía de Todos os Santos à agitação do carnaval.
O povo é alegre, criativo, musical e herdeiro de um rico folclore e de relevantes manifestações culturais. A cidade é reconhecida pela originalidade de manifestaçõesmusicais, culinárias, religiosas e lutas marciais, além de ser berço de grandes nomes nas diversas áreas artísticas, com profundo destaque nacional e internacional.
Os ritmos musicais mais comuns da região são o axé, o pagode, o forró, o arrocha e osamba. Mas há também um forte movimento de MPB e rock acontecendo na Bahia, que vem atraindo a atenção dos produtores musicais brasileiros.
A cidade é berço de grandes artistas, e é cantada em prosa e verso por muitos cantores brasileiros e estrangeiros.

Pontos turísticos

Elevador Lacerda, o Mercado Modelo, a Marina e o Forte de São Marcelo vistos da Cidade Alta.
Mercado Modelo localizado na praça Cairu visto de cima.
Entre os pontos turísticos mais conhecidos estão:

Salvador Bus

Marina da cidade.
Em outubro de 2007, foram instaladas rotas turísticas em ônibus de dois andares para a cidade de Salvador, seguindo o padrão de outras cidades turísticas do mundo. A expectativa é que o serviço, denominado Salvador Bus, comece a funcionar na segunda quinzena de novembro de 2007, percorrendo cinco rotas turísticas:

Infraestrutura

Mídia e telecomunicações

O setor de telecomunicações e mídia em geral são bastante importantes. Uma vez que foi sede da administração portuguesa no Brasil, teve importantes jornais a nível nacional, assim acompanha as grandes mudanças, sendo uma das primeiras a implanterem novastecnologias no país. Um exemplo é o telefone celular, o primeiro celular lançado no Brasil foi pela TELERJ, na cidade do Rio de Janeiro em 1990, e logo foi seguido da cidade de Salvador.[31]

Transportes

Aéreo

Interior do aeroporto.
Salvador conta com um aeroporto internacional, o Aeroporto Internacional de Salvador - Deputado Luís Eduardo Magalhães, anteriormente era denominado de Dois de Julho. É o maior de todo Norte, Nordeste e Sul brasileiro e o quinto mais movimentado do país. Em 2007, foi o 3º maior do Brasil em movimento de malas postais, o 5° de passageiros e 6º deaeronaves e cargas.[32] Situado a 28 km do centro de Salvador, numa área de mais de seis milhões de metros quadrados (entre dunas e vegetação nativa), o aeroporto dispõe de completa infra-estrutura aeroportuária e um moderno terminal de passageiros (inaugurado em 2001) capaz de atender a seis milhões passageiros ao ano e receber 24 aeronavessimultaneamente. Existem vôos regulares para as principais capitais brasileiras e para alguns países da Europa.

Aquaviário

Por ser uma cidade litorânea, é comum a utilização do transporte aquaviário, contando, inclusive, com algumas rotas para a ilha de Itaparica. A Companhia das Docas do Estado da Bahia, a Companhia de Navegação Baiana e o Circuito Náutico da Bahia são as principais responsáveis por esse transporte.

Ferroviário

A Companhia de Transportes de Salvador é responsável pelo transporte ferroviário da região metropolitana.
O Metrô de Salvador está em fase de construção. Possuirá, quando concluído, 28 estaçõese 48,1 km de extensão e transportará cerca de 400 mil usuários por dia.

Rodoviário

Salvador conta com transportes intermunicipais que conduzem às cidades do interior do estado e coletivos que circulam por toda a região metropolitana; esses transportes desembarcam no terminal rodoviário.

Trilhos e elevador

O Elevador Lacerda, os Planos Inclinados Gonçalves, Pilar e Liberdade-Calçada fazem o transporte da Cidade Alta para a Baixa.

Cultura

A cultura desenvolvida em Salvador, primeira cidade do Brasil, e no Recôncavo da Bahia, exerceu influência decisiva em outras regiões do país, e na própria imagem que se tem do Brasil no exterior. Desde o século XVII observa-se no estado uma dualidade religiosa: de um lado, a religião católica (de origem europeia); do outro, o candomblé (de origem africana).
Museu da Cidade e Casa de Jorge Amado no Centro Histórico de Salvador.
Já no século XIX firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo o ápice emVieira.
A chegada dos africanos vindos do golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.
Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas portuguesas; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.
No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e Ministros do Gabinete Imperial.
Bloco de bonecos durante o Carnaval de Salvador, expressão típica da cultura popular nordestina.
Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendoacarajés nos tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba de roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".
A partir da década de 20 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.
A partir da década de 30, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, perdurando até os dias atuais.

Feriados municipais

São feriados municipais na cidade, segundo a lei nº 1.997, de 21 de Junho de 1967, que os fixa:
Além dos outros feriados válidos para todo o Brasil e para a Bahia.

Festas e comemorações

Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes acontece em 1 de janeiro. Váriasembarcações de todos os tipos velejam na Baía de Todos os Santos carregando a imagem do Bom Jesus da igreja da Conceição da Praia para a capela da Boa Viagem, num lindo desfile de fé.
De 3 a 6 de janeiro tem Reis, a Festa da Lapinha.
Na segunda quinta-feira do mês de janeiro se faz a Lavagem do Bonfim. Uma enorme procissão, em que os participantes vestem trajes brancos, em homenagem a Oxalá. A multidão parte da igreja da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim, no alto da Colina Sagrada, no bairro de mesmo nome. A cada ano aproximadamente 800 mil pessoas participam da grandiosidade desse evento religioso. Ao chegarem ao final do cortejo, baianas com suas roupas típicas despejam os vasos com água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim e sobre as cabeças dos fiéis. É uma festa Católica, misturada com Candomblé, que tem se tornado cada vez mais profana que religiosa. Ao final da lavagem da escadaria da igreja, começa a parte mais popular da festa, com muita cerveja, pagode, reggae e comidas servidas em barracas que se espalham por quase todo o bairro do Bonfim. Durante a realização dessa festa, a Cidade Baixa fica praticamente interditada para o tráfego de veículos pelas ruas e avenidas por onde o cortejo se desloca. Apesar de não ser feriado na cidade, os estabelecimentos comerciais que ficam ao longo do percurso fecham as portas em respeito à realização da festa e por pura falta de condições de funcionarem enquanto milhares de pessoas se divertem pelas ruas.
É comemorado o dia de São Lázaro no último domingo de janeiro.
Regata de Saveiros João das Botas ocorre entre janeiro e fevereiro.
No dia 2 de fevereiro, os adeptos do candomblé homenageiam a Rainha do Mar, Iemanjásimbolizada numa sereia. A festa acontece no Rio Vermelho, quando centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Candomblé "entregam" presentes à Rainha do Mar, depositando perfumes, flores e outras oferendas em barcos que transportam os presentes ao alto mar. Algumas pessoas simplesmente jogam os presentes ao mar. É uma grande e poderosa manifestação de fé na força da Mãe d’Água, que tem desdobramento profano nas barracas padronizadas, onde a crença é transformada em samba, festa que se prolonga até altas horas da noite, regada principalmente a cerveja.
Quinze dias antes do carnaval se faz a Lavagem da Igreja de Itapuã.
E em fevereiro é a vez da Lavagem da Igreja de Nossa Senhora da Luz.
Praia do Farol da Barra cheia de banhistas, um dia antes da abertura do Carnaval de Salvador 2008.
Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas dos blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, doCampo Grande à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra-Ondina; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxés, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com os possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.
Na segunda quinzena junho, ocorre a também bastante aguardada São João, que na capital tem o nome de "Arraiá da Capitá" e se concentra no Parque de Exposições, reunindo cantores de várias parte do Brasil e do estado da Bahia, barracas com comidas e bebidas típicas.
O 2 de julho é a data magna baiana, quando ocorre em Salvador e cidades do Recôncavo a festa pela independência da Bahia, que tem o Caboclo e Cabocla como ícones da participação popular na defesa do que viria a ser a nação brasileira contra o domínio português. O desfile do 2 de julho aconteceu pela primeira vez em 1824 como forma de protesto do povo baiano contra a continuidade da ordem social vigente.
Em 27 de setembro é São Cosme e São Damião, dia em que devotos fazem caruru e distribuem balas para as crianças. Esta festa, porém, se restringe basicamente ao Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, região do Centro Histórico de Salvador. Muitos adeptos do Candomblé, entretanto, fazem festas particulares em suas residências, distribuindo o tradicional caruru e balas.
De 29 de novembro a 8 de dezembro se comemora o dia da Nossa Senhora da Conceição. O ponto culminantes da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia é em frente à igreja de mesmo nome, nas imediações do Elevador Lacerda. Ali são armadas barracas onde são servidas comidas e bebidas, ao som de reggaes, pagodes e sambas os mais diversos.

Problemas atuais

Favela no bairro soteropolitano deSussuarana.
Bairro do Itaigara em Salvador, um dos bairros com melhor IDH-M doBrasil.
Além da desigualdade social, há tempos, a capital da Bahia também sofre com o turismo sexual, desemprego e violência, iluminação pública e saúde precárias, crescimento desordenado (favelização) e desrespeito ao meio ambiente.[33] A cidade possui a nona maior concentração de favelas entre os municípios do Brasil com 99 favelas.[34]

Desigualdade social

Apesar de ser a capital mais rica do Nordeste e entre as primeiras do Brasil, alguns indicadores relativizam essa riqueza. Como no resto do Brasil - e principalmente do Nordeste -, há uma grande desigualdade em diversos aspectos. O IDH é levemente maior que o do Brasil, mas pode se reduzir a níveis da África ou se elevar a níveis da Europa, dependendo do bairro ou região da cidade considerados. De acordo com o PNUD, o IDH-M do Itaigara é 0,971, do Caminho das Árvores-Iguatemi é 0,968, do Caminho das Árvores/Pituba-Rodoviária e Loteamento Aquárius é 0,968, de Brotas-Santiago de Compostela é 0,968 e da Pituba-Avenida Paulo VI e Parque Nossa Senhora da Luz é 0,965; todos iguais ou maiores que da Noruega, líder mundial há seis anos. Porém, locais como Zona Rural-Areia Branca e CIA Aeroporto-Ceasa (0,652), Coutos-Fazenda Coutos, Felicidade (0,659) e Bairro da Paz/Itapuã-Parque de Exposições (0,664) apresentam índices menores que países como a África do Sul, Guiné Equatorial e Tajiquistão, localizados naÁfrica e Ásia Central

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