Região metropolitana
Subdivisões
Apesar da fundação planejada e iniciada no atual Centro histórico, o crescimento da capital ao longo do tempo ocorreu espontaneamente. Logo os limites se expandiram devido as ordens católicas, surgindo novas localidades como o Carmo e o Pelourinho, chamados até então de freguesias.
No século XIX ocorre uma expansão sul da cidade, surgindo a Vitória, Graça, Canela e Barracomo localidades novas, e somente no início do século XX é que se faz uma reforma territorial, estabelecendo 11 distritos. A partir daí, o crescimento desordenado da cidade leva a dificuldade de estabelecer os limites e os bairros acabaram se fundindo de tal maneira, que até hoje não se conhece a quantidade direito.
Em 1987, Salvador foi dividida em 18 zonas político-administrativas para melhorar a gestãoterritorial. Entretanto, para confirmação de referências de endereçamentos postais e pesquisas de recenseamento, leva-se em conta a importância dos bairros soteropolitanos, o que demonstra a efervescência da cidade. Sejam bairros, distritos ou zonas, essaslocalidades continuam se desenvolvendo e ainda agrupam as mais diversas camadas sociais, em constante expansão vertical e horizontal.
A Primeira Divisão Recenseadora do Brasil, dividia nas seguintes freguesias:
- Sé ou São Salvador (criada em 1552);
- Nossa Senhora da Vitória (criada em 1561);
- Nossa Senhora da Conceição da Praia (criada em 1623);
- Santo Antônio Além do Carmo (criada em 1646);
- São Pedro Velho (criada em 1679);
- Santana do Sacramento (criada em 1679);
- Santíssimo Sacramento da Rua do Passo (criada em 1718);
- Nossa Senhora de Brotas (criada em 1718);
- Santíssimo Sacramento do Pilar (criada em 1720);
- Nossa Senhora da Penha (criada em 1760).
- A Divisão Administrativa de 1911 estabeleceu 11 distritos, acrescentados mais cinco distritos em 1931.
- O Decreto-Lei n° 10.724/38 considerou um só distrito, Salvador, e mais 24 zonas.
- O Decreto-Lei Estadual n° 141/43 alterou a denominação "zona" para "subdistrito".
- O Decreto-Lei n° 701/48 estabeleceu limite de setores.
- A Lei n° 502 de 12 de Agosto de 1954 dividiu o município em 5 distritos (Salvador, Nossa Sra das Candeias, Água Comprida, Ipitanga e Madre de Deus) – o distrito de Salvador passa a ter 20 sub-distritos.
- A Lei nº 1038/1960, que estabeleceu os limites dos distritos, sub-distritos
- A Lei n° 1.855 de 5 de Abril de 1966 criou o primeiro Código de Urbanismo e estabeleceu
- A Lei n° 2403/72 – Código de Obras - estabeleceu 21 setores no município.
- A Lei n° 2454 de 4 de Janeiro de 1973 estabeleceu limite municipal e interdistritais (2 distritos e 22 sub-distritos).
- O Decreto Nº 7.791/87 criou as Regiões Administrativas – RAs.
- Em 2004, a nova lei do PDDU delimitou as divisões atuais das RAs.
Pelourinho
Em 1991, houve maciço investimento estatal em segurança e financiamento na instalação de hospedarias, restaurantes, escolas de dança e outras artes, além duma grande restauração dos casarios que foi iniciada. Contundo, certas construções não foram recuperadas internamente, já que as fachadas foram priorizadas, dentre outros motivos, devido ao estado do interior do casario que impedia a reconstrução fiel. Com a restauração, a procura dos turistas nacionais e estrangeiros pelo local foi ampliada. Mas também, moradores desses casarios foram recolocados em outros bairros de Salvador.
O Pelourinho de Salvador é um local repleto de construções coloniais de diferentes tons de cor. Então, por todo o valor histórico-cultural, atualmente, o nome consta no Registro Histórico Nacional, é chamado de Centro Cultural do Mundo pela UNESCO e, ainda, a UNESCO certificou esse sítio histórico como Patrimônio da Humanidade.
O Pelourinho está dentro do Centro Histórico de Salvador, o qual é tombado pela UNESCO, e, assim, permite a Salvador ser membro da Organização das Cidades do Patrimônio Mundial.
Economia
Salvador é a cidade economicamente mais desenvolvida no Estado, devido a histórica participação comercial e industrial. A participação da agropecuária na economia é inexpressível devido a inexistência de territórios rurais dentro do município.A economia de Salvador está distribuída da seguinte forma:
Agropecuária |
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Indústria |
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Serviços |
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Em 2003, de acordo com a contagem do IBGE na época, Salvador possuía o 19º maior PIB entre os municípios brasileiros e o segundo entre os baianos, atrás apenas de Camaçari. Nesse ano, o PIB de Salvador era de R$ 11 967 563 000,00, o que correspondia a 0,77% do PIB do Brasil daquele ano.[26]
Segundo um estudo coordenado pelo professor Moisés Balassiano, da FGV-RJ, Salvador aparece como a 11ª[27] melhor cidade para desenvolver carreiras no país.
Construção civil
Segundo o sítio especializado em pesquisa de dados sobre edificações, Emporis Buildings, Salvador está entre as cem cidades do mundo com mais prédios, mais precisamente está em 64º lugar, é a 11ª latino-americana, 9ª sul-americana, 6ª do Brasil e 3ª do Nordeste, e totaliza 790 edifícios de todos os tipos. As cinco maiores edificações são Terrazzo Imperiale (com 125 m), Apollo XXXVIII (com 90 m), Ville Imperial (76 m), Elevador Lacerda(com 72 m) e Residencial Granville (com 46 m).[28][29][30]Turismo
A cidade é um importante destino turístico do país. Quanto ao turismo internacional, fica atrás apenas do Rio de Janeiro em procura segundo a EMTURSA. O interesse pela cidade se dá pela beleza do conjunto arquitetônico e da cultura local (música, culinária e religião).O turista que escolhe Salvador pode ir à praia pela manhã, fazer um passeio ao Centro Histórico à tarde, jantar em um dos bons restaurantes da cidade e ir dançar nos ensaios dos blocos de carnaval ou ao som de outros estilos musicais. Outras opções de lazer são os teatros, como o Castro Alves, o Jorge Amado e o Vila Velha. Ainda se pode ir ao Farol da Barra ver o pôr-do-sol na Baía de Todos os Santos.
O Mercado Modelo é o ponto escolhido por muitos turistas para comprar lembranças da Bahia, dentre elas rendas, berimbaus e todo tipo de artesanato produzido no estado. Noporão - que atualmente é aberto a visitação - ficavam os escravos vindos da África enquanto aguardavam serem leiloados. O porão é repleto de placas de concreto com cerca de 30 centímetros de altura do chão, para que o turista possa ali passear mesmo quando a maréestá cheia, pois é comum o porão encher-se de água do mar neste momento. Os arcos com os tijolos a mostra - e que servem de estrutura para o Mercado Modelo - fazem belas composições quando refletidos no espelho d'água. Idiossincrasia de um tempo moderno.
Outro grande atrativo da cidade é o Carnaval, considerado a maior festa popular do mundo (oGuinness Book, em 2004, registrou o carnaval da Bahia como sendo o maior do mundo). Existem três formas de aproveitar o carnaval baiano, uma é associar-se a um dos blocos carnavalescos que são puxados por trios elétricos e isolados da multidão por uma corda. Muitos argumentam que isto termina por privatizar o espaço público, e de que essa forma de aproveitar o carnaval só é acessível àqueles com alto poder aquisitivo, pois para adquirir um abadá é preciso desembolsar, em média, oitocentos reais. A segunda forma é ficar nos camarotes que estão distribuídos por todo o percurso da folia. Essa forma de pular carnaval só é acessível para quem tem ainda mais dinheiro, preferindo assistir a festa do alto, em confortáveis espaços onde os pagantes podem dispor de boates, serviços médicos, banquetes de frutas e comidas típicas, além de outras amenidades.
A prefeitura, no entanto, tem realizado um trabalho de inclusão da população de baixa rendanos circuitos da folia, montando arquibancadas para esse público, que tem acesso gratuito às mesmas. A terceira, é aproveitar a festa na conhecida "pipoca", que são os foliões de ruaque acompanham os trios elétricos do lado de fora das cordas de isolamento, protegidas pelos cordeiros. Estas áreas de isolamento, apropriadas por empresas privadas, tomam conta de praticamente todo o espaço público. Apesar de a festa atrair milhares de turistas nacionais e estrangeiros, muitos soteropolitanos optam por sair da cidade nesse período, preferindo a tranquilidade do litoral e das ilhas da baía de Todos os Santos à agitação do carnaval.
O povo é alegre, criativo, musical e herdeiro de um rico folclore e de relevantes manifestações culturais. A cidade é reconhecida pela originalidade de manifestaçõesmusicais, culinárias, religiosas e lutas marciais, além de ser berço de grandes nomes nas diversas áreas artísticas, com profundo destaque nacional e internacional.
Os ritmos musicais mais comuns da região são o axé, o pagode, o forró, o arrocha e osamba. Mas há também um forte movimento de MPB e rock acontecendo na Bahia, que vem atraindo a atenção dos produtores musicais brasileiros.
A cidade é berço de grandes artistas, e é cantada em prosa e verso por muitos cantores brasileiros e estrangeiros.
Pontos turísticos
Entre os pontos turísticos mais conhecidos estão:- Mercado Modelo: uma das zonas comerciais mais antigas e tradicionais de Salvador, abriga duzentas e sessenta e três lojas que oferecem grande variedade de artesanato, presentes e lembranças da Bahia.
- Elevador Lacerda: um dos principais pontos turísticos e cartão-postal da cidade, liga a Cidade Baixa à Cidade Alta.
- Pelourinho.
- Igreja de Nosso Senhor do Bonfim: construída em estilo neoclássico com fachada em rococó.
- Farol da Barra: localiza-se na antiga ponta do Padrão, no litoral da capital baiana.
- Parque Metropolitano da Lagoa e Dunas do Abaeté: mantido sobre proteção ambiental, conta com uma das lagoas mais famosas do Brasil: a lagoa do Abaeté.
- Ponta de Humaitá: localizada em um dos locais mais visitados da Cidade Baixa, conta com belezas naturais.
- Farol de Itapuã: construído no século XIX, fica encravado entre pedras, na praia de Itapuã.
- Alto de Ondina: onde se encontra o Jardim Zoológico.
- Marina da Penha.
- Solar do Unhão: o engenho, construído no século XVII, abriga atualmente oMuseu de Arte Moderna da Bahia.
- Dique do Tororó: lagoa artificial, localizada no bairro do Tororó.
- Parque da Cidade: conta com cerca de 720 mil m² de área verde. É um local de preservação da Mata Atlântica, vegetação original da costa brasileira.
- Parque Metropolitano de Pituaçu: parte do paque é coberto por mata atlântica, sendo a maior área verde de Salvador.
- Forte de São Marcelo: erguido sobre um pequeno banco de arrecifes a cerca de 300 metros da costa, destaca-se por se encontrar dentro das águas.
- Parque de São Bartolomeu: área de preservação ambiental, conta com uma extensa reserva de mata atlântica.
- Jardim Botânico.
- Feira de São Joaquim.
- Fonte Nova: principal estádio de futebol da cidade.
Salvador Bus
Em outubro de 2007, foram instaladas rotas turísticas em ônibus de dois andares para a cidade de Salvador, seguindo o padrão de outras cidades turísticas do mundo. A expectativa é que o serviço, denominado Salvador Bus, comece a funcionar na segunda quinzena de novembro de 2007, percorrendo cinco rotas turísticas:- Tour Salvador Praias (Praia de Stella Maris - Farol da Barra)
- Tour Orixás da Bahia (Mercado Modelo - Dique do Tororó)
- Tour Salvador Histórico (Farol da Barra - Pelourinho)
- Tour Salvador Panorâmico (Mercado Modelo - Igreja do Bonfim)
- Tour Salvador by Night/Luzes da Cidade (Rio Vermelho - Farol da Barra - Centro Histórico - Pelourinho - Praça Municipal - Mercado Modelo - Solar do Unhão)
Infraestrutura
Mídia e telecomunicações
Transportes
Aéreo
Aquaviário
Por ser uma cidade litorânea, é comum a utilização do transporte aquaviário, contando, inclusive, com algumas rotas para a ilha de Itaparica. A Companhia das Docas do Estado da Bahia, a Companhia de Navegação Baiana e o Circuito Náutico da Bahia são as principais responsáveis por esse transporte.Ferroviário
A Companhia de Transportes de Salvador é responsável pelo transporte ferroviário da região metropolitana.O Metrô de Salvador está em fase de construção. Possuirá, quando concluído, 28 estaçõese 48,1 km de extensão e transportará cerca de 400 mil usuários por dia.
Rodoviário
Salvador conta com transportes intermunicipais que conduzem às cidades do interior do estado e coletivos que circulam por toda a região metropolitana; esses transportes desembarcam no terminal rodoviário.Trilhos e elevador
O Elevador Lacerda, os Planos Inclinados Gonçalves, Pilar e Liberdade-Calçada fazem o transporte da Cidade Alta para a Baixa.Cultura
Já no século XIX firmou-se o gosto do baiano - tanto o de origem abastada quanto o pobre - pelo epigrama (tipo de poesia satírica); pelas modinhas (poesia lírica musicada); e, também, pelos sermões religiosos, praticado desde Frei Vicente do Salvador e tendo o ápice emVieira.
A chegada dos africanos vindos do golfo de Benim e do Sudão, no século XVIII, foi decisiva para desenvolver a cultura da Bahia como um todo. Segundo Nina Rodrigues, isso é o que diferencia a cultura baiana da cultura encontrada nos outros estados brasileiros. Nesses, os africanos que vieram eram, predominantemente, os negros bantos de Angola.
Os negros iorubanos e nagôs estabeleceram uma rica cultura nas terras da Baía de Todos os Santos. Pois que tinham religião própria, o candomblé; música própria, a chula, o lundu; dança própria, praticada no samba de roda; culinária própria, que deu origem à culinária baiana, inventando diversos pratos com base no azeite-de-dendê e leite de coco (tudo com muita farinha-de-guerra dos índios tupinambás e tapuias), e sobremesas, desenvolvendo o que veio de Portugal; luta própria, a capoeira, e o maculelê; vestimenta própria, aliando as já tradicionais indumentárias africanas às fazendas portuguesas; e uma mistura de línguas, mesclando iorubá com português.
No século XIX, os visitantes começaram a cultuar a imagem da Bahia como de uma terra alegre, bonita, rica (por causa da cana-de-açúcar e das pedras preciosas das Lavras) e culta, que dava ao Brasil grandes intelectuais e Ministros do Gabinete Imperial.
Na década de 1870, as baianas começaram a migrar para o Sudeste do país em busca de emprego. E, assim, essas "tias" baianas foram disseminando a cultura da Bahia, vendendoacarajés nos tabuleiros e gamelas, dando festas onde se dançava samba de roda (que, mais tarde, modificado pelos cariocas, iria resultar no samba como se tornou conhecido), desfilando suas batas e panos-da-costa pelas ruas da Capital Federal. Por isso, naquela época, chamava-se de baiana todas as negras bonitas, segundo afirma Afrânio Peixoto, no "Livro de Horas".
A partir da década de 20 do século XX, torna-se moda fazer músicas em louvor à Bahia. E houve grande polêmica quando o sambista Sinhô, contrariando, cantou que a Bahia era "terra que não dá mais coco". Baianos e cariocas, tais como Donga, Pixinguinha, Hilário Jovino Ferreira e João da Baiana, foram defender a Bahia.
A partir da década de 30, primeiro pelos romances de Jorge Amado e depois pelas músicas de Dorival Caymmi, ficou estabelecida ante o Brasil a imagem que se tem da Bahia, perdurando até os dias atuais.
Feriados municipais
São feriados municipais na cidade, segundo a lei nº 1.997, de 21 de Junho de 1967, que os fixa:Além dos outros feriados válidos para todo o Brasil e para a Bahia.
Festas e comemorações
Procissão do Senhor Bom Jesus dos Navegantes acontece em 1 de janeiro. Váriasembarcações de todos os tipos velejam na Baía de Todos os Santos carregando a imagem do Bom Jesus da igreja da Conceição da Praia para a capela da Boa Viagem, num lindo desfile de fé.De 3 a 6 de janeiro tem Reis, a Festa da Lapinha.
Na segunda quinta-feira do mês de janeiro se faz a Lavagem do Bonfim. Uma enorme procissão, em que os participantes vestem trajes brancos, em homenagem a Oxalá. A multidão parte da igreja da Conceição da Praia em direção à Igreja do Bonfim, no alto da Colina Sagrada, no bairro de mesmo nome. A cada ano aproximadamente 800 mil pessoas participam da grandiosidade desse evento religioso. Ao chegarem ao final do cortejo, baianas com suas roupas típicas despejam os vasos com água de cheiro no adro da Igreja do Bonfim e sobre as cabeças dos fiéis. É uma festa Católica, misturada com Candomblé, que tem se tornado cada vez mais profana que religiosa. Ao final da lavagem da escadaria da igreja, começa a parte mais popular da festa, com muita cerveja, pagode, reggae e comidas servidas em barracas que se espalham por quase todo o bairro do Bonfim. Durante a realização dessa festa, a Cidade Baixa fica praticamente interditada para o tráfego de veículos pelas ruas e avenidas por onde o cortejo se desloca. Apesar de não ser feriado na cidade, os estabelecimentos comerciais que ficam ao longo do percurso fecham as portas em respeito à realização da festa e por pura falta de condições de funcionarem enquanto milhares de pessoas se divertem pelas ruas.
É comemorado o dia de São Lázaro no último domingo de janeiro.
Regata de Saveiros João das Botas ocorre entre janeiro e fevereiro.
No dia 2 de fevereiro, os adeptos do candomblé homenageiam a Rainha do Mar, Iemanjásimbolizada numa sereia. A festa acontece no Rio Vermelho, quando centenas de pessoas ligadas direta ou indiretamente ao Candomblé "entregam" presentes à Rainha do Mar, depositando perfumes, flores e outras oferendas em barcos que transportam os presentes ao alto mar. Algumas pessoas simplesmente jogam os presentes ao mar. É uma grande e poderosa manifestação de fé na força da Mãe d’Água, que tem desdobramento profano nas barracas padronizadas, onde a crença é transformada em samba, festa que se prolonga até altas horas da noite, regada principalmente a cerveja.
Quinze dias antes do carnaval se faz a Lavagem da Igreja de Itapuã.
E em fevereiro é a vez da Lavagem da Igreja de Nossa Senhora da Luz.
Entre fevereiro e março ocorre o tão esperado Carnaval. Durante sete dias, da quarta-feira até a manhã da quarta-feira de Cinzas, acontece a maior festa do mundo em participação popular, que toma toda a cidade de foliões, vestidos nos abadás e becas dos blocos preferidos ou com fantasias e pulando como "pipoca" atrás dos trios independentes, rumo aos diversos circuitos do carnaval. Os foliões chamados de "pipocas" são aqueles que não têm condições de pagar por uma fantasia e sair dentro de um bloco e acabam pulando o tempo todo fora das cordas que circundam os trios-elétricos. Existe o circuito central, doCampo Grande à Praça Castro Alves; outro, na orla, sentido Barra-Ondina; e o mais tradicional, do Pelourinho à rua Chile, no Centro Histórico. Neste circuito, o forte é a música das bandinhas de sopro e percussão, os afoxés, blocos afros e os fantasiados e, nos demais, desfilam os grandes blocos, com os possantes trios elétricos, uma criação dos baianos Dodô e Osmar que virou mania em todo o Brasil.
Na segunda quinzena junho, ocorre a também bastante aguardada São João, que na capital tem o nome de "Arraiá da Capitá" e se concentra no Parque de Exposições, reunindo cantores de várias parte do Brasil e do estado da Bahia, barracas com comidas e bebidas típicas.
O 2 de julho é a data magna baiana, quando ocorre em Salvador e cidades do Recôncavo a festa pela independência da Bahia, que tem o Caboclo e Cabocla como ícones da participação popular na defesa do que viria a ser a nação brasileira contra o domínio português. O desfile do 2 de julho aconteceu pela primeira vez em 1824 como forma de protesto do povo baiano contra a continuidade da ordem social vigente.
Em 27 de setembro é São Cosme e São Damião, dia em que devotos fazem caruru e distribuem balas para as crianças. Esta festa, porém, se restringe basicamente ao Mercado de Santa Bárbara, na Baixa dos Sapateiros, região do Centro Histórico de Salvador. Muitos adeptos do Candomblé, entretanto, fazem festas particulares em suas residências, distribuindo o tradicional caruru e balas.
De 29 de novembro a 8 de dezembro se comemora o dia da Nossa Senhora da Conceição. O ponto culminantes da festa de Nossa Senhora da Conceição da Praia é em frente à igreja de mesmo nome, nas imediações do Elevador Lacerda. Ali são armadas barracas onde são servidas comidas e bebidas, ao som de reggaes, pagodes e sambas os mais diversos.
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